SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (2) um total de 17 cidades com focos de incêndio, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil paulista no inicio da noite.
Havia um mesmo fogo entre Serra Negra e Monte Alegre do Sul, na região de Campinas, e entre Salmourão e Osvaldo Cruz, na Região de Presidente Prudente.
O número é o maior desde 13 de setembro, quando 25 cidades tinham registros de queimadas –no dia seguinte, quando começou a redução dos casos, os focos de incêndio eram 15. Agora eles voltaram a aumentar.
Na última terça-feira (1º), o boletim das 18h da Defesa Civil apontava que as queimadas atingiam apenas três cidades paulistas.
Um bloqueio atmosférico que impede há dias a formação de chuvas e proporcionou uma onda de calor que atingiu praticamente toda a região Sudeste (aliada de baixos índices de umidade relativa do ar), ajudou a propagar as chamas.
Em Bebedouro, uma das cidades atingidas pelas queimadas nesta quarta-feira, a temperatura chegou a 40°C às 16h, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Neste mesmo horário, a umidade do ar era de apenas 16%, segundo medição na estação meteorológica do órgão federal.
A região de Campinas tinha o maior número de municípios com focos ativos no início da noite desta quarta, seis no total.
Entre eles, um incêndio de grandes proporções em uma área rural entre Serra Negra e Monte Alegre do Sul. O fogo, de causas desconhecidas, atingiu área de preservação permanente, de difícil acesso. Não houve registro de vítimas ou de edificações atingidas.
Em Luís Antonio, na região de Ribeirão Preto, bombeiros e agentes da Defesa Civil tentam apagar as chamas desde fim de semana. Um helicóptero e dois aviões agrícolas foram usados ao longo do dia.
A boa notícia é que uma virada no tempo pode aliviar a situação. Conforme a Defesa Civil, uma grande frente fria era mostrada por satélite se aproximando do estado no fim da tarde.
O Inmet, inclusive, emitiu um alerta, que vale até esta quinta-feira (3), de perigo potencial para tempestade na região de Presidente Prudente, onde havia registro de fogo.
Incêndios florestais de janeiro a agosto deste ano no estado de São Paulo consumiram 4.300 quilômetros quadrados (ou 430 mil hectares), o equivalente a quase três vezes a área da capital paulista, segundo dados processados pelo Monitor do Fogo, plataforma do MapBiomas.
A região de Ribeirão Preto, no norte do estado, teve a maior concentração de registros de queimada no período.
O governo estadual afirma que realiza testes com um produto capaz de combater os incêndios florestais cinco vezes mais rápido que o uso da água.
A substância, diz, também possui efeito retardante, ou seja, impede que o incêndio comece novamente em áreas que já estavam controladas.
Testes realizados pela Defesa Civil em ambiente controlado mostraram a extinção de um foco de fogo em um minuto e 40 segundos com o produto, enquanto a água conseguiu controlar situação semelhante em 5 minutos.
“O líquido vermelho já foi testado também em um incêndio real na região de Ribeirão Preto no início de setembro, com resultados satisfatórios”, diz nota do governo. O produto de origem nacional é usado como fertilizante na produção agrícola.
CIDADES COM FOCOS DE INCÊNDIO
Região metropolitana de São Paulo
Pirapora do Bom Jesus – Vale do Paraíba
São Luiz do Paraitinga, São José dos Campos – Região de Ribeirão Preto
Luís Antônio, São Simão – Região de Araçatuba
Guararapes – Região de Barretos
Bebedouro – Região de Campinas
Nazaré Paulista, Serra Negra / Monte Alegre do Sul, Piracaia Itatiba, Amparo – Região de Presidente Prudente
Salmourão / Osvaldo Cruz – Região de Sorocaba
Botucatu – Região de Bauru
Bauru
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