CARLOS PETROCILO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (24) que irá instituir a Secretaria da Reconstrução Gaúcha. Trata-se de uma nova pasta estadual com a missão de liderar o processo de recuperação do estado após a tragédia climática.
As diretrizes desta secretaria serão estabelecidas em um projeto de lei no qual Leite, ainda, irá enviar à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
“Optamos por esse caminho, criar uma secretaria com uma estrutura robusta e reforçada para que dê suporte às demais secretarias”, disse o governador.
“Essa secretaria irá formatar os projetos, será uma unidade que dará suporte para cada secretaria, que vai cumprir sua função no processo de reconstrução”, completou.
Leite fez o anúncio ao lado de deputados e do ministro Paulo Pimenta (PT), que conduz a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.
“O momento é de união e reconstrução. A iniciativa da Assembleia Legislativa de reconstruir o estado junto com o governo é altamente positiva”, falou Pimenta.
Na ocasião, o governador também sancionou o projeto de lei intitulado como Plano Rio Grande, que prevê ações de curto, médio e longo prazo após os estragos causados pelas chuvas.
“O processo de construção virá pelas próximas semanas, meses e anos no Rio Grande do Sul”, disse Leite.
O documento é baseado em três frentes: emergencial/curto prazo (focado em assistência social, segurança); reconstrução/médio prazo (habitação e infraestrutura); e futuro/longo prazo (fortalecer a resiliência a eventos climáticos).
“O foco é viabilizar recursos, abreviar processos administrativos para termos agilidade e providenciar a estrutura técnica que dará suporte a essas ações. Nesse processo, será fundamental a cooperação do setor privado, da sociedade civil e de todos os níveis de governo”, explicou o governador.
Especialistas ouvidos pela Folha dizem que, a curto e médio prazo, o governo deve centrar seus esforços na construção de moradias e na recuperação de rodovias e pontes, afetadas pela tragédia climática.
“Recuperar as redes de rodovias [regionais, estaduais e federais], assim como pontes e cabeceiras, significa a ligação entre os territórios. É um primeiro passo para recompor o sistema de circulação das pessoas e de mercadorias”, afirma Luiz Afonso dos Santos Senna, engenheiro e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
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