ANA CORA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – As últimas semanas foram mais tranquilas para Jéssica Ellen. Mas ela não esconde que a ansiedade vem aumentando, conforme vai chegando a estreia de “Volta Por Cima”, marcada para a próxima segunda (30). Expectativa natural para qualquer início de trabalho, só que desta vez a situação é diferente.
Em doze anos de carreira, ela tem agora nas mãos uma protagonista: “Desejei isso desde dos meus cinco anos de idade. É a realização de um sonho”, afirma. Jéssica, 32, adianta que Madá, sua personagem na trama de Claudia Souto, terá um trajetória de heroína.
“Ela vai viver momentos difíceis na vida. Vai ascender, passar por questões afetivas, conflitos pessoais, dramas familiares… É uma personagem interessante e real”, diz.
Jéssica também diz achar interessante a trama se passar em um bairro que reproduz o subúrbio carioca. “Chega de Leblon, né?”, brinca. “Acho que falar do subúrbio é falar de outras narrativas, da diversidade. O Brasil não tem uma cor nem um só tipo de gente. O público brasileiro quer se identificar na teledramaturgia”.
A atriz também destaca mais um momento em que teledramaturgia brasileira terá três novelas estreladas por mulheres pretas, na Globo. “Eu acho que a gente está vivendo um momento muito feliz. A Gabz na novela das nove [Mania de Você]; eu na novela das sete, junto com todo um elenco maravilhoso; e a Duda Santos na novela das seis [Garota do Momento]”.
Ela continua: “É uma celebração da coletividade construída por outras atrizes pretas como Zezé Motta e Ruth de Souza (1921-2019), que abriram o caminho na questão do protagonismo negro lá atrás”, lembra. “Espero ver ainda outras protagonistas de outras cores, outros corpos, outras narrativas ocupando esse lugar de destaque”.
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