SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Guardas Civis foram forçados a respirar gás lacrimogêneo durante treinamento da corporação de Caldas Novas (GO).
Treinamento foi gravado e compartilhado nas redes sociais pelo instrutor do curso. Nas imagens, é possível ver os guardas abraçados em um círculo, enquanto recebem a ordem para “manterem” a posição após o gás ser liberado. O curso de formação foi realizado em Goiânia, na segunda-feira (20), segundo a SSM (Superintendência Municipal de Segurança e Mobilidade) de Caldas Novas.
Pouco tempo após serem expostos ao produto, alguns guardas não suportam e saem da “formação”, enquanto outros começam a tossir. O instrutor anda ao redor do círculo e é possível ouvir palavras de ordem como “mantém”, “segura” e “padrão”.
Ministério Público de Goiás vai investigar o caso. Em nota, o órgão disse ter encaminhado denúncia para a 5º Promotoria de Justiça de Caldas. O MPGO ressaltou que a investigação vai apurar os fatos e, eventualmente, adotar “providências cabíveis” se ficar comprovada irregularidades ou danos à saúde dos guardas.
Prefeitura de Caldas Novas defendeu o treinamento, afirmou ser uma prática “comum” e que não trouxe riscos à integridade dos servidores. “[O curso segue] rigorosamente os padrões de segurança estabelecidos e é uma prática comum em treinamentos de forças de segurança em todo o mundo”.
O gás lacrimogêneo não é potencialmente letal ao ser humano, entretanto, causa forte irritação às vias aéreas e aos olhos. O produto é comumente usado para repelir multidões durante manifestações e grandes eventos.
VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DA PREFEITURA DE CALDAS NOVAS:
A Superintendência Municipal de Segurança e Mobilidade – SSM, por meio da Guarda Municipal de Caldas Novas, em razão de alguns questionamentos sobre a “utilização de gás lacrimogêneo em treinamento”, vem a público esclarecer que:
O treinamento com gás lacrimogêneo segue rigorosamente os padrões de segurança estabelecidos, e é uma prática comum em treinamentos de forças de segurança em todo o Mundo. Asseguramos, portanto, que o procedimento em questão, não colocou em risco a integridade física dos servidores públicos, sendo uma etapa importante na preparação para situações reais de campo.Ademais, enfatizamos que não houve qualquer relato de intercorrências ou complicações decorrentes do treinamento. A saúde e o bem-estar dos nossos agentes são de absoluta prioridade para a instituição, e todas as medidas preventivas são tomadas visando garantir um ambiente de treinamento seguro e controlado.”
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