SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Luana Piovani, 47, apoiou a denúncia de Samara Felippo, 45, após a filha mais velha da atriz ter sido alvo de racismo em uma escola de alto padrão em São Paulo.
“Não passarão, mana. Racistas não passarão” disse Luana Piovani.
Alicia, 14, filha mais velha de Samara Felippo, e Leandrinho, 41, foi alvo de racismo no Vera Cruz, escola de alto padrão em que estuda na zona oeste de São Paulo. A informação foi divulgada inicialmente pela revista Veja.
Samara comunicou em um grupo de pais que, na segunda-feira (22), Alicia teve um caderno roubado. Todas as páginas de uma pesquisa foram arrancadas, agressões racistas foram escritas e, por fim, o caderno foi para a área de achados e perdidos do colégio.
Após a publicação da Veja, Samara agradeceu o apoio nas redes sociais. “Que fique bem claro para quem vem dar apoio. Agradeço profundamente o carinho, mas crianças e adolescentes brancos NÃO SOFREM RACISMO”.
Em contato com o UOL, Samara afirmou que abriu um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo para denunciar um caso de racismo contra a filha. O caso será encaminhado ao 14° DP (Pinheiros) para medidas cabíveis, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. “O caso citado foi registrado como preconceito de raça ou de cor na Delegacia Eletrônica. A mãe da menor, de 14 anos, afirmou que havia um escrito com uma ofensa racista no caderno da adolescente. Prontamente, a coordenação da escola foi acionada”, disse o órgão em nota.
DESDOBRAMENTOS DO CASO
Alunas responsáveis pela agressão racista foram suspensas. Além da suspensão por tempo indeterminado, a escola também proibiu a participação delas em uma viagem programada para os alunos. “Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo”, continua o texto compartilhado com as famílias.
Os pais de uma das alunas envolvidas no caso anunciaram, também em comunicado para os pais dos alunos do 9º ano, obtido pelo UOL, a “saída voluntária” da garota da escola.
No texto, o casal afirma que pediu desculpas à Samara e sua família, e que se consideram “uma família progressista, que há anos busca caminhar e evoluir numa educação antirracista”. Ao afirmar que a filha “sempre foi uma menina educada e afetiva com as amigas”, os pais também negaram que a garota tenha “denúncias prévias de mau comportamento”. “É uma adolescente em formação como cidadã — como os filhos de todos vocês. Que comete erros e acertos, como todos nós já cometemos em nossas vidas”, disseram.
“A Samara e sua filha devem estar lidando com as dores do ataque. Por aqui estamos tratando das nossas dores também, dando suporte emocional às nossas filhas adolescentes para passarmos pela turbulência e levarmos lições construtivas de todo esse processo. Todos nós estamos de certa forma enlutados com esse caso”, diz trecho do comunicado enviado pelos pais.
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