NATHALIA GARCIA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Do alto de uma pirâmide reluzente de quase 30 metros de altura, o DJ Alok transformou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em uma balada a céu aberto neste sábado (20) e fez vibrar uma multidão de jovens e famílias na comemoração do aniversário de 64 anos da capital federal.
Com luzes piscando em alta velocidade, lasers, fogos de artifício, sobrevoo de drone e imensos telões, Alok utilizou a tecnologia como aliada para subir a temperatura da apresentação e tirar o público do chão aos pulos desde os primeiros minutos.
Um dos quatro maiores DJs do mundo entrou em cena pouco depois das 22h, cerca de 30 minutos depois do horário previsto, para uma apresentação de quase 3 horas de duração. A virada à meia-noite, marco para o aniversário da cidade, passou em branco por Alok, e o show seguiu seu roteiro normalmente.
Vestindo uma blusa preta de manga longa cravejada de strass, o artista goiano picotou hits novos e antigos, como “Alive (It Feels Like)”, fez dispararem canhões de chamas flamejantes em “Fuego”, remendou trechos de sucessos próprios a de outros artistas nacionais e internacionais –Queen, Adele, Natiruts e muitos outros.
Incluiu no setlist versões remixadas de “Tempo Perdido” e “Será” em homenagem à banda local Legião Urbana. Ainda tocou uma música inédita de seu repertório, chamada “Summer Is Back”.
Ao longo da noite, Alok interagiu com o público brasiliense para manter a energia em alta, com os clássicos “tira o pé do chão” e “mãozinha para o alto”, além de transmitir mensagens motivacionais. Passou por diferentes estilos musicais, de pop a hip hip, garantindo a animação do público a cada sequência, em especial nos antigos sucessos de funk.
Não faltaram também participações especiais ao longo do show, como Nando Reis, com o remix de “Segundo Sol”.
O primeiro artista a se juntar a Alok foi o rapper brasiliense Hungria, que ouviu o público cantar em coro seus sucessos e gritar seu nome. Pedrinha Moraes, com “Scatman (Aumenta o Som)”, e Naldinho dos Teclados -conhecido também como Alok do Maranhão- deram sequência às parcerias.
Outro convidado foi o cantor Zeeba, com quem Alok lançou o megahit “Hear Me Now”. Juntos, eles embalaram também “Never Let Me Go”.
Alok transportou para Brasília -onde passou sua adolescência e realizou o primeiro show de sua carreira- o mesmo modelo de palco até então usado por ele uma única vez, em agosto de 2023, em um espetáculo visto por 1 milhão de pessoas em clima de Réveillon na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Na capital federal, a fórmula voltou a funcionar. A turnê segue agora por outras partes do Brasil, com Belém na próxima parada.
“Brasília é um lugar onde construí muitas histórias, tenho memória afetiva muito especial”, disse o DJ goiano em agradecimento pela recepção calorosa.
Ao cenário tecnológico, Alok trouxe também ancestralidade ao palco com novas faixas nas vozes de artistas indígenas.
A noite marcou a estreia de seu novo álbum -“O Futuro é Ancestral”- lançado oficialmente na sexta-feira (19), data de celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas. O pré-lançamento ocorreu no Grammy Museum, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em março deste ano.
Subiram ao palco, na base da pirâmide que tinha Alok no topo, representantes dos povos yawanawá, huni kuin, kariri xocó, guarani mbyá, xakriabá, guarani-kaiowá, kaingang e guarani nhandewa em uma apresentação inédita das oito etnias indígenas ao vivo no Brasil.
As músicas cantadas nas línguas dos indígenas, desconhecidas da maioria dos brasileiros, reduziram a temperatura do show, que já se encaminhava para o fim.
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