O FBI viu-se obrigado a fazer um esclarecimento após as mais recentes palavras do seu diretor, Christopher Wray, que sugeriu que existiam “algumas dúvidas” sobre se Donald Trump havia sido atingido por “uma bala ou estilhaços” na orelha, no ataque de que foi alvo a 13 de julho, num comício na Pensilvânia.
Após as palavras gerarem críticas, sobretudo por parte do candidato republicano à Casa Branca, o FBI esclareceu, esta sexta-feira(26), que foi de fato uma bala que atingiu a orelha do ex-presidente.
“O que atingiu o ex-presidente Trump na orelha foi uma bala, inteira ou fragmentada em pedaços menores, disparada pela espingarda do atacante”, frisou o FBI em comunicado.
Note-se que, até então, os agentes federais envolvidos na investigação, incluindo o FBI e os Serviços Secretos, tinham se recusado a fornecer informações sobre as causas dos ferimentos de Trump. Além disso, a campanha de Trump também se recusou a divulgar os registros médicos do hospital onde foi tratado pela primeira vez ou a disponibilizar os médicos para responder a perguntas.
Vale ressantar que as declarações de Christopher Wray levaram Ronny Jackson, republicano que foi médico de Trump na Casa Branca, a reagir e a dizer que “o diretor Wray está errado e é inapropriado sugerir” que não tenha sido uma bala a atingir Trump.
O ex-presidente e candidato presidencial também comentou: “Não, infelizmente foi uma bala que atingiu a minha orelha, e atingiu-a com força. Não havia vidro, não havia estilhaços”, escreveu Trump na sua rede social, a Truth Social.
Ao discursar num evento na sexta-feira em West Palm Beach, na Flórida, Trump arrancou vaias da multidão quando falou no mais recente esclarecimento do FBI.
“Viram que o FBI pediu desculpa?” questionou. “Isto nunca acaba com esta gente. … Aceitamos as suas desculpas”, acrescentou.
É de realçar que Trump apareceu ontem pela primeira vez sem uma faixa na orelha direita e parecia estar totalmente recuperado.
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